ICRU 83

         O ICRU 83 é um documento que foi publicado em 2010. Seu propósito é estabelecer recomendações sobre a técnica de IMRT, além de revisar algumas classificações que necessitavam de atualização.

       O documento possui tópicos muito importantes que devem ser considerados no planejamento com altas tecnologias, abaixo vamos citar alguns deles.

        O primeiro tópico aborda a revisão da classificação dos volumes de tratamento. Recomenda-se usar uma nomenclatura clara a respeito do GTV por conta de sua variação a respeito do diagnóstico. Por exemplo, caso o tumor tenha sido avaliado clinicamente antes de começar a radioterapia, sua nomenclatura será GTV-T (clin, 0Gy).

        Outro tópico importante é sobre os níveis de Report, que são as documentações que envolvem todo o tratamento. O que o ICRU 83 estabelece é que devem haver níveis mínimos de Report para tratamentos de alta tecnologia como o de IMRT. Por exemplo, as distribuições de dose devem ser acessíveis, todos os volumes de interesse (GTV, PTV e OAR) devem ser definidos usando uma imagem de Tomografia ou Ressonância Magnética, e também o QA (garantia da qualidade) deve ser incluído.

        Também foram especificadas as definições de Dose mínima (Dose mín) e Dose máxima (Dose máx), em que Dose mín. é a dose que engloba 98% do volume (D98%), e Dose máx. é a dose que engloba 2% do volume (D2%). E também foi incluída a dose média, que é a dose que engloba 50% do volume (D50%).

         Sobre os índices de Homogeneidade e Conformidade da Dose, o ICRU 83 define também que:

- Homogeneidade caracteriza a distribuição da uniformidade da dose dentro do volume tratado.

- Conformidade caracteriza o grau ao qual a região de alta dose se conforma ao volume alvo, geralmente o PTV.

        O documento possui várias outras recomendações e deve ser estudado por todos os profissionais envolvidos nos processos, como o de aquisição de imagem, delineamento, planejamento e documentação final.