ICRU 29

             Com o objetivo de padronizar, tornar universal as unidades radiológicas e criar diretrizes para a utilização dos raios X, em 1925, durante o Congresso Internacional de Radiologia em Londres sugeriu-se a criação de uma comissão, conhecida por ICRU, International Commission on Radiation Units & Measurements, passou a existir oficialmente em 1928 atuando deste então.

          Dentre os objetivos da Comissão estavam o estudo e publicações de recomendações a serem aceitas internacionalmente sobre: grandezas e unidades de radiação e radioatividade, procedimentos adequados para medir e aplicar essas grandezas nas áreas da radiologia diagnóstica, radioterapia, radiobiologia, medicina nuclear, proteção radiológica e industrial, assim como em atividades ambientais e coleta de dados físicos necessários para aplicação desses procedimentos, cujo uso tente a assegurar uniformidade dos relatórios.

          A primeira publicação para radioterapia, através do documento conhecido como ICRU 29, Especificação de Dose para Relatar Teleterapia com Feixe de Fótons, veio em 1978 e descreveu a necessidade da especificação de volume e dose em radioterapia.


          Mesmo publicado na era 2D, tentava corrigir algumas incertezas espaciais, apontando que o tamanho e a forma do volume alvo mudam durante o curso do tratamento, e que se deve levar em consideração os seguintes parâmetros para descrever o volume alvo:     

- Movimentos esperados (ex.: respiração) dos tecidos que contem o volume alvo em ralação aos pontos de referencia anatômicos (ex.: marcas na pele),

- Variações no tamanho e forma do volume alvo durante o curso do tratamento (ex.: bexiga urinária e estômago);

- Imprecisões ou variações no setup de tratamento durante o curso de tratamento.

Algumas definições volumétricas foram criadas:


• Volume Alvo: tecidos que devem ser irradiados como uma dose absorvida específica

• Volume de Tratamento: volume envolvido pela dose alvo mínima

• Volume Irradiado: recebe uma dose considerada significativa, em relação a tolerância dos órgãos de risco

• Órgão de Risco: tecidos radiosensíveis dentro ou próximos, cuja presença influência no plano de tratamento e/ou na dose prescrita.

• Hot Spot: quando uma área maior de 2cm2, fora da região alvo, recebe uma dose uma dose superior a 100% e é considerada clinicamente significativa.

Sem abordar questões de sistema de coordenadas e margens separadas para diferentes incertezas.